O desastre do voo 191: uma triste história da aviação

No dia 25 de maio de 1979, o voo 191 da companhia aérea americana American Airlines partiu do Aeroporto Internacional O'Hare, em Chicago, com destino ao Aeroporto Internacional de Los Angeles. O voo era operado por um McDonnell Douglas DC-10 e estava transportando 271 passageiros e tripulantes a bordo.

Porém, minutos após a decolagem, o avião sofreu uma falha técnica e perdeu uma das turbinas do lado esquerdo. A tripulação tentou manter o controle da aeronave, mas o DC-10 acabou inclinando-se para o lado esquerdo, caindo em um campo próximo à rodovia I-90 e explodindo em chamas.

O acidente causou a morte das 271 pessoas a bordo do voo 191 e de duas outras que estavam no solo. Esse foi o pior desastre aéreo da história dos Estados Unidos na época.

Investigações posteriores revelaram que a causa do acidente foi uma falha na manutenção da aeronave. A empresa responsável por fazer o reparo na turbina esqueceu de instalar corretamente um dos parafusos que a fixavam. Com a vibração do motor em alta velocidade, esse parafuso acabou se soltando e danificando outros componentes, causando a falha técnica.

O desastre do voo 191 teve um grande impacto na aviação mundial. As investigações levaram a mudanças significativas nos procedimentos de segurança aeronáutica, incluindo a melhoria dos protocolos de manutenção, o aumento da supervisão da Federal Aviation Administration (FAA) nos reparos de aeronaves e a introdução de novos equipamentos de segurança, como os dispositivos de alerta de vibração.

Um ano após o acidente do voo 191, a indústria da aviação americana estabeleceu a Aviation Safety Reporting System (ASRS), um programa voluntário de relatórios de segurança para os trabalhadores da aviação. Esse programa permite que os profissionais compartilhem informações sobre incidentes de segurança sem medo de represálias, a fim de melhorar a segurança de voo.

Mais de 40 anos após o desastre do voo 191, a aviação comercial se tornou uma das formas mais seguras de transporte do mundo. As lições aprendidas com esse acidente trágico foram fundamentais para melhorar a segurança aérea e proteger a vida dos passageiros e tripulantes.