Em 25 de julho de 2000, o voo 4590 da Air France, operado pelo Concorde, decolou do Aeroporto de Paris-Charles de Gaulle em direção a Nova York. No entanto, o que deveria ser uma viagem de rotina tornou-se um dos desastres aéreos mais mortais da história. Apenas alguns minutos após a decolagem, o avião atingiu uma peça metálica que havia sido deixada na pista por um voo anterior. Como resultado, um pneu explodiu, fragmentos foram lançados contra a fuselagem e o motor número 2 falhou.

O Concorde estava voando a uma altitude relativamente baixa nesta fase do voo e a tripulação não conseguiu recuperar o controle à medida que se aproximava de um hotel localizado nos subúrbios de Paris. O avião chocou-se contra o hotel, matando todas as 109 pessoas a bordo e outras quatro no chão.

A investigação subsequente revelou que a peça metálica que causou a falha tinha se soltado de um outro avião da Continental Airlines. No entanto, a sequência de eventos que culminou no acidente foi atribuída a uma série de falhas fatais no projeto do Concorde. O avião havia sido fabricado durante os anos 60 e 70, quando as normas de segurança eram diferentes das atuais. Para economizar peso, a aeronave foi projetada com tanques de combustível nas asas que podiam facilmente vazar ou explodir em caso de colisão.

Após o acidente, a indústria da aviação em todo o mundo introduziu medidas mais rigorosas de segurança, incluindo a melhoria do projeto de aeronaves e a inspeção mais cuidadosa dos materiais em pistas de pouso e decolagem. No entanto, a imagem e reputação do Concorde como um avião de luxo e alta velocidade nunca se recuperou totalmente.

O desastre do Concorde também levou a mudanças significativas na regulação de segurança da aviação. A França introduziu uma lei na qual os fabricantes de aviões seriam responsáveis pelos acidentes causados por falhas de projeto ou equipamentos. Além disso, o acidente levou a um debate mais amplo sobre a responsabilidade das companhias aéreas em relação à segurança de seus passageiros.

Embora o desastre do Concorde tenha sido uma tragédia terrível, seu legado foi um aumento significativo na segurança da aviação em todo o mundo. Como resultado, milhões de pessoas em todo o mundo viajam com confiança e segurança todos os dias. O Concorde, por outro lado, permanecerá como um monumento à aviação de alta velocidade e um lembrete das tragédias que podem ocorrer quando a segurança é ignorada em nome da economia ou velocidade.